Tem-se assistido nos últimos tempos, mas sobretudo nos últimos dias a um enfoque na saúde em Portugal.
Depois do encerramento de alguns SAP 'S , seguiu-se agora o encerramento de algumas urgências.
Nos últimos dias os acontecimentos não têm parado com os encerramentos das urgências, os protestos das populações, a mensagem do Presidente da República, a morte de uma idosa no serviço de urgência do hospital de Aveiro por falta de assistência ...
Todos estes acontecimentos têm uma origem, que é o facto de se fecharem serviços sem dar alternativas.
Um caso concreto é o que acontece na freguesia de Ribeira de Fráguas , concelho de Albergaria-a-Velha, onde para se ter uma consulta com o médico de família se tem que ir marcar vez às 5 horas da manhã!!!!
Quem chega à hora de expediente do serviço não consegue consulta, o que fazer?
Anteriormente, com o SAP aberto, poderia recorrer-se a este para se poder ter a tal consulta. mas agora com o seu encerramento a única solução é ir para o hospital de Aveiro.
O que acontece é que, esta situação leva ao entupimento das urgências deste hospital, tendo as pessoas que esperar 7, 8, 9 horas para serem atendidas!!!!
Acontece que as verdadeiras urgências não podem ser atendidas com a devida atenção, tendo em conta o estado de entupimento , caos que se vive no serviço de urgência deste hospital.
É triste o panorama que se vive neste serviço por parte de quem precisa dele, doentes amontoados, em macas, pessoas a gritar sem assistência...
É lamentável, o que sucedeu a uma doente que faleceu no hospital de Aveiro por falta de atendimento, passou 4 horas sem ser vista pela equipa clínica , quando devia ter sido vista no máximo em 1 hora, tendo sucumbido!!!
O ministério saúde, com o seu ministro em primeiro lugar, "tentam sacudir a água do capote", argumentando que tudo está bem, que tudo está a melhorar, que o aumento do tempo de espera nos hospitais não está relacionado com o encerramento de vários serviços próximos das populações.
Não é de todo este o estado da saúde pretendido, anseia-se por um serviço de saúde de proximidade e acessível a todos.
Não se encerrem serviços sem que se tenha as alternativas no terreno.
A saúde é um bem essencial, e que não deve ser tão maltratada com tem vindo a ser nos últimos tempos, nomeadamente nos acesso a estes serviços.