Segundo dados divulgados pelo INE, em 2007 foi o ano em que os portugueses tiveram maior carga fiscal, pelo menos dos últimos 13 anos (data até onde existem dados disponíveis).
Estes são dados que nos devem fazer reflectir.
Quando cada vez é maior a parte do nosso rendimento que é canalizado para o Estado e cada vez temos piores serviços prestados ou temos que pagar mais por eles, surge a questão: o que se está a passar?
Regularmente os nossos governantes vêm defender-se destes números argumentando que existem países na Europa com maior carga fiscal.
É um facto que existem países europeus com maior carga fiscal mas também têm serviços que prestam aos seus cidadãos que são muito bons (não necessitam de recorrer a serviços médicos privados por exemplo).
Existem duas alternativas, na primeira encarregamos o Estado de assegurar os serviços essenciais da sociedade e aí os cidadãos pagam impostos altos mas têm o devido retorno. A alternativa é um Estado minimalista em que os cidadãos pagam poucos impostos e sabem à priori que têm que assegurar os serviços que necessitam (saúde, reforma...).
O que está a acontecer em Portugal é que temos uma carga fiscal elevada mas não temos o devido retorno nos serviços prestados, temos que recorrer por exemplo a serviços de saúde privados caso pretendamos um atendimento atempado.
Fica a questão: para onde vai o dinheiro que é pago pelos impostos de todos nós?